Sexta-Feira, 15 de Agosto de 2025

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05-08-2025
Hepatites Virais: prevenir é o melhor caminho

No último dia 28 de julho, foi comemorado o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais — uma data que reforça a importância da prevenção e do tratamento dessas doenças.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1,3 milhão de pessoas morreram, em 2022, em decorrência de hepatites virais. Estimativas atualizadas do órgão indicam que mais de 300 milhões de pessoas no mundo sejam portadoras dos vírus da hepatite B e C. No Brasil, entre 2000 e 2023, foram notificados mais de 785 mil casos de hepatites virais e registrados cerca de 90 mil óbitos, conforme o Ministério da Saúde.

Existem cinco cepas principais do vírus da hepatite — A, B, C, D e E. Embora todas possam causar doenças hepáticas, diferem nos modos de transmissão, gravidade, distribuição geográfica e formas de prevenção. Na região, os três tipos mais frequentes são A, B e C.

A hepatite A é transmitida por meio da ingestão de água e alimentos contaminados. Costuma ser assintomática em crianças pequenas, mas, em adultos, pode se manifestar com icterícia, dor abdominal, febre, náuseas, vômitos e fadiga. Na maioria dos casos, os sintomas, quando presentes, são autolimitados, embora existam situações mais graves. O tratamento é realizado com medicações sintomáticas, e a prevenção ocorre pela vacinação e com medidas de higiene e saneamento básico.

A hepatite B, por sua vez, é transmitida principalmente por relações sexuais desprotegidas e pelo contato com sangue contaminado. Também pode haver transmissão durante a gestação e o parto. A vacinação é a medida mais eficaz de proteção.  As vacinas para a hepatite B constam no calendário vacinal regular do Ministério da Saúde e estão disponíveis gratuitamente pelo SUS para a população. Além disso, para preveni-la, é fundamental evitar o compartilhamento de alicates de unha, agulhas e materiais de higiene pessoal, além da utilização de preservativos. Diferente da hepatite A, a infecção pelo vírus da hepatite B, em um pequeno percentual de adultos, pode perdurar silenciosamente por muitos anos. Nesses casos, há risco de evolução para cirrose e câncer de fígado, exigindo acompanhamento médico regular. Atualmente, medicamentos antivirais permitem suprimir a carga viral e reduzir as complicações.

A hepatite C costuma ser assintomática nas fases iniciais, mas apresenta alto potencial de cronificação e, assim como a B, pode evoluir para cirrose e câncer hepático. A principal forma de transmissão é pelo contato com sangue contaminado. Não há vacina disponível e a prevenção baseia-se nos cuidados de higiene e em evitar a utilização compartilhada de objetos perfurocortantes ou de uso pessoal. O tratamento atual com antivirais é altamente eficaz e apresenta elevadas taxas de cura.

Por fim, vale destacar que as unidades básicas de saúde oferecem gratuitamente testes rápidos para as hepatites B e C, com resultados em poucos minutos. Assim, não deixe para depois, prevenir é o melhor caminho.

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